Novo aparelho medidor de glicemia usa lágrimas em vez de sangue
Um estudo da Universidade de Michigan, nos EUA, deu um passo importante para livrar diabéticos das picadas no dedo várias vezes ao dia para medir os níveis de glicose. O novo método, desenvolvido por engenheiros e médicos, visa criar uma máquina que use lágrimas em vez de sangue para fazer o teste de glicemia.
Os testes foram feitos com coelhos, revelando que o sensor dos pesquisadores é capaz de detectar os níveis da molécula de açúcar em amostras de apenas 5 microlitros de fluido lacrimal.
O fluido das lágrimas, que não aparece apenas quando as pessoas choram, mas está presente com frequência como lubrificante dos olhos, também reflete o conteúdo de glicose do organismo, e pode ser examinado de forma confiável.
Ainda que os resultados do estudo tenham sido animadores, os cientistas precisam testar se os níveis de glicose do sangue e das lágrimas também são equivalentes em humanos.
O diabetes é uma doença que não tem cura e o seu controle é feito por meio de reposição de insulina, hormônio que os pacientes param de produzir. O tratamento atual é complicado, doloroso e exige disciplina. Injeções com seringas ou canetas aplicadoras devem ser tomadas de 2 a 4 doses ao dia através de punção de ponta do dedo, com o objetivo de fazer o controle de açúcar no sangue.
Este novo procedimento, se bem sucedido, pode trazer esperanças aos diabéticos.
Meta até 2013
Chefes de Estado e Goveno de todo o mundo se reuniram em setembro para discutir formas de prevenção das chamadas doenças não-transmissíveis e firmaram uma declaração política que promete, entre outras ações, aumentar o número de pessoas com acesso a remédios, diagnóstico e tratamento para a diabetes até 2013.
O documento também quer parcerias com empresas farmacêuticas para fazer com que os remédios tenham preços acessíveis em países socialmente vulneráveis.
Dados da ONU revelam que, atualmente, cerca de 280 milhões de pessoas sofrem de diabetes nos países em desenvolvimento.
Foto: HelpAge