terça-feira, 22 de maio de 2012

Caramujo Africano ataca no centro da cidade de Rio Real!!!

  1. Esse caracol pode transmitir ao ser humano o verme Angiostrongylus cantonensis causador de meningite, por ser o hospedeiro natural dele


  • Nome Popular Caramujo-africano, acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano, rainha-da-áfrica, falso-escargot
  • Nome Científico: Achatina fulica
  • Família: Helicidae
  • Filo: Mollusca
  • Partes Afetadas: Folhas, flores, frutos, caule
  • Sintomas: Partes das plantas roídas, rastros de secreção sobre as plantas e vasos
Em Rio Real, na rua Cel Bevenuto a comunidade sofre com um ataque de caramujos africanos

Ele é grande, mede de 10 a 20 cm e pesa até meio quilo e, é danado para comer plantas e frutas que vê pela frente. Muito cuidado com o Caramujo Africano! Transmite doenças através da gosma que deixa na pele das pessoas, em hortaliças e frutas e por onde passa. Ataca o intestino, dá dor na barriga, febre, enjôo, vômitos, diarréia, dor de cabeça e até meningite. Se esbarrar com algum por aí, fique longe, o Caramujo Africano pode causar até a morte!


Todo o Cuidado com ele!
Evite o contato direto; proteja as mãos com luvas de borracha ou saco plástico, se tiver que pegar no bicho; Fale em casa para lavar bem as verduras, legumes e frutas que entraram em contato com ele. E depois, deixar em 1 litro d´água, com 1 colher de sopa de água sanitária por 15 ou 30 minutos. Daí, lavar com água potável.
ELE PARECE INOFENSIVO, MAS, NÃO É!!!

QUE DOENÇAS O CARAMUJO AFRICANO PODE TRANSMITIR?

1 - ANGIOSTRONGIALIASE MENINGOENCEFALICA: é causado pelo verme localizado na secreção do caramujo.
SINTOMAS: dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso. Pode levar a cegueira e a paralisia.

2 – ABGIOSTRONGILIASE ABDOMINAL: doença grave, também causada pelo verme localizado na secreção do caramujo.
SINTOMAS: dor abdominal, febre prolongada, falta de apetite, vômitos, náuseas, mal-estar. Pode levar á morte por perfurar o intestino e causar hemorragias.
VOCÊ TAMBÉM PODE AJUDAR A COMBATER O CARAMUJO AFRICANO

PARA ELIMINÁ-LO TOME ALGUNS CUIDADOS:

Pegue-os com luvas ou sacos plásticos nas mãos;
Cave um buraco de aproximadamente 80cm e jogue-os dentro;
Coloque fogo ou jogue cal virgem dentro do buraco;
Enterre o buraco para evitar contaminação.


  • sobre as plantas e vasos
O caramujo-africano é uma espécie considerada praga em diversos países no mundo todo. Foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, com o intuito de oferecer um susbtituto mais interessante economicamente e de maior peso que o escargot verdadeiro (Helix aspersa). Em pouco tempo de criação se verificou que o animal não tinha boa aceitação pelo mercado consumidor brasileiro, o que provocou a desistência da maioria dos criadores, que se desfizeram dos animais de forma errônea: liberando os caramujos emjardins, matas ou simplesmente colocando-os no lixo.
Estes caramujos não encontraram predadores naturais à sua altura e se multiplicaram rapidamente, invadindo diversos tipos de ecossistemas brasileiros. Como são hermafroditas (possuem os dois sexos em um mesmo animal) e realizam a autofecundação, basta apenas um indivíduo para que a praga se alastre, afinal são cerca de 400 ovos ano ao por caramujo.
O caramujo-africano é um molusco grande e escuro, com até 15 cm de comprimento e 200 gramas de peso. Sua concha é alongada e cônica, com manchas claras. Ele não deve ser confundido com os moluscos brasileiros. Os nativos aruás-do-mato (Megalobulimus sp) têm importante papel ecológico, além de servirem de alimento e como matéria prima no artesanato dos índios. Eles têm a borda da abertura da concha espessa, enquanto que o caramujo-africano tem esta borda cortante.
Os caramujos-africanos são conhecidos por serem hospedeiros de duas espécies de verminoses que acometem os seres humanos. A angiostrongilíase meningoencefálica, causada pelo Angiostrongylus cantonensis e angiostrongilíase abdominal, cujo agente é o Angiostrongylus costaricensis. Apesar da angiostrongilíase abdominal ser ocasionalmente diagnosticada no Brasil, geralmente ela está relacionada com outros hospedeiros, entre caracóis e lesmas, que não incluem o caramujo-africano. No entanto, estas doenças são bons argumentos para que o controle do caramujo-africano seja mais efetivo.
A invasão do caramujo-africano é atualmente muito mais relevante no aspecto ecológico do que no agrícola ou sanitário. Este caramujo está invadindo ecossistemas e ocupando um lugar que não é seu. Reduzindo assim a diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e frutos, causando um enorme estrago em plantas de importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha em ambientescom escassez deste elemento.
Este caramujo é resistente a períodos de seca, além de ser bastante ativo no inverno. Como outros caracóis, ele aprecia a umidade e a sombra, se locomovendo e se alimentando mais à noite e em dias nublados e chuvosos. É capaz de escalar muros e árvores e desta forma transpor de um terreno a outro.
Ao se depararem com infestações de caramujo-africano, as pessoas logo pensam em venenos para controlá-los. Infelizmente os caracóis e lesmas em geral são muito resistentes a venenos e os únicos produtos comerciais disponíveis que se mostram um pouco eficientes (metaldeídos), demonstram elevada toxicidade para os seres humanos e outros animais, de forma que a utilização de pesticidas não é o método de controle atual mais indicado para estes moluscos.
A pesquisas de substâncias eficientes têm se revelado muito importantes neste sentido. A cafeína por exemplo, estudada pelos americanos Robert Hollingsworth, Jonhn Armstrong e Earl Campbel apresenta resultados interessantes. Assim como o látex da coroa-de-cristo (Euphorbia splendens hislopii), que está sendo testado no combate ao caramujo-gigante-africano pela equipe coordenada pelo pesquisador Maurício Vasconcellos.
O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema. Também não coloque sal nos animais pois assim contaminará o solo. O preconizado é o seguinte:
  • Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais
  • Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caramujo
  • Coloque os caramujos em dois sacos plásticos e quebre suas conchas, pisando em cima
  • Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do lençol freático
  • Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, a cal queima a pele)
  • Feche a vala com terra
  • Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso
É possível também utilizar iscas atrativas, que facilitam a catação. Papas de farelo de trigo com cerveja atraem caramujos a metros de distânica. Cascas de frutas e legumes, estopas embebidas em cerveja ou leite, assim como simples pedaços podres de madeira que lhes servem de abrigo. Verifique as iscas diariamente e não esqueça de protegê-las da chuva e do sol. Coloque-as em locais úmidos e frescos. Preferencialmente sobre a terra. Manter o jardim limpo de folhas mortas e frutos caídos também irá afastar os bichos, e desta forma ainda estará prevenindo outras doenças e pragas, como podridões de origem fúngica e bacteriana, moscas-das-frutas, etc. Não esqueça: as pragas só vivem e se multiplicam onde lhes é oferecido abrigo, comida e água.
O Instituto Oswaldo Cruz disponibiliza atendimento e informações sobre o caramujo-africano pelo telefone (21) 2598-4380 ramal 124.
Fotos e pesquisa:Edinaldo Nascimento

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