quinta-feira, 6 de outubro de 2011

IDC: Mercado de TI no Brasil crescerá 13% em 2011

A IDC, instituto de inteligência de mercado, consultoria e eventos nos mercados de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, realizou em São Paulo o IDC LA Infrastructure & Virtualization 2011, evento que reuniu executivos e profissionais de TI de grandes companhias e apresentou um panorama sobre o mercado de TI no Brasil e em outros países.
De acordo com os estudos apresentados pela IDC neste evento, o mercado mundial de TI deve encerrar o ano de 2011 com mais de US$ 1 trilhão, o que representa um crescimento de 7,5% em relação a 2010. O Brasil, que vem aumentando sua representatividade na América Latina, ocupa um espaço de destaque no cenário global: é hoje o oitavo maior mercado de tecnologia da informação do mundo, com mais de US$ 37 bilhões, e deve crescer, neste ano, cerca de 13%, atingindo a cifra de mais de US$ 42 bilhões.
Os países emergentes, especialmente aqueles do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), continuarão tendo importantes papéis no panorama mundial. A previsão é que a China, por exemplo, registre um aumento de aproximadamente 21% no segmento de TI em 2011, seguida pela Rússia, que deve crescer 20% no período. Já a Índia apresentará um desenvolvimento de aproximadamente 11 no setor.
Nesse contexto, a estimativa da IDC é de que somente o mercado de Infraestrutura mundial tenha um incremento de 2,7% em 2011, em comparação ao ano anterior. Para essa análise, foram considerados os mercados de serviços de implementação, suporte e gerenciamento de operações, softwares de Infraestrutura, servidores, storage e equipamentos de rede. O Brasil detém 1,9% do cenário mundial de Infraestrutura e deve crescer 7% neste ano, alcançando US$ 13.5 bilhões. “O Brasil ainda tem muito a investir, não apenas em portos, aeroportos e Infraestrutura em geral. Mas, estamos passando por um momento de forte crescimento, o que traz boas perspectivas para o País”, diz Alexandre Vargas, analista de mercado da IDC Brasil.
A principal mudança no cenário de Infraestrutura está relacionada à chamada “terceira onda de tecnologia”, marcada especialmente pela mobilidade. Como uma amostra dessa tendência, estudos da IDC apontam que em 2015 o Brasil já venderá mais smartphones do que telefones convencionais.
A mobilidade é também um dos fatores que impulsionam o mercado de cloud computing e o fenômeno da consumerização. De acordo com os dados apresentados durante o evento, 74% das empresas já disponibilizam aos funcionários o acesso remoto a uma ou mais aplicações corporativas por meio da internet. “Esse é um ponto complicado para o gestor de TI. Ele precisa alinhar as políticas da companhia com soluções que ofereçam segurança e desempenho durante o acesso dos trabalhadores às informações da empresa em dispositivos móveis” comenta Vargas. “O gestor de Infraestrutura do futuro precisará ter um perfil mais facilitador e não puramente técnico” conclui.
O vice-presidente mundial de semicondutores da IDC, Mario Morales, reforçou as perspectivas com relação à mobilidade. Segundo ele, existem hoje mais de 5 bilhões de celulares no mundo e, em média, mais de quatro equipamentos tecnológicos diferentes por pessoa. Diante deste cenário, a IDC prevê uma proliferação de oportunidades no setor de aplicativos, não somente em tablets e smartphones, mas também em automóveis, televisões, máquinas de lavar roupas, geladeiras, etc.
Os dados apontam que em 2020 o mundo terá 2,6 bilhão de telefones móveis e 25 bilhões de sistemas inteligentes que facilitarão o dia-a-dia das pessoas em diversos lugares – por exemplo em casa, no trabalho, na academia ou no carro. ”Os consumidores querem mais facilidades em todos os equipamentos. Parece simples, mas as empresas de TI ainda estão investindo em soluções para atender essa expectativa” disse Morales.
De acordo com a IDC, em um prazo de cinco anos, os smartphones serão responsáveis por US$ 50 bilhões e os tablets por US$ 12.7 bilhões. “As regiões emergentes ainda irão orientar o crescimento desses mercados” finaliza Morales.

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