A IDC, instituto de inteligência de mercado,  consultoria e eventos nos mercados de Tecnologia da Informação e  Telecomunicações, realizou em São Paulo o IDC LA Infrastructure &  Virtualization 2011, evento que reuniu executivos e profissionais de TI  de grandes companhias e apresentou um panorama sobre o mercado de TI no  Brasil e em outros países.
 De acordo com os estudos apresentados pela IDC neste evento, o  mercado mundial de TI deve encerrar o ano de 2011 com mais de US$ 1  trilhão, o que representa um crescimento de 7,5% em relação a 2010. O  Brasil, que vem aumentando sua representatividade na América Latina,  ocupa um espaço de destaque no cenário global: é hoje o oitavo maior  mercado de tecnologia da informação do mundo, com mais de US$ 37  bilhões, e deve crescer, neste ano, cerca de 13%, atingindo a cifra de  mais de US$ 42 bilhões.
Os países emergentes, especialmente aqueles do BRIC (Brasil, Rússia,  Índia e China), continuarão tendo importantes papéis no panorama  mundial. A previsão é que a China, por exemplo, registre um aumento de  aproximadamente 21% no segmento de TI em 2011, seguida pela Rússia, que  deve crescer 20% no período. Já a Índia apresentará um desenvolvimento  de aproximadamente 11 no setor.
Nesse contexto, a estimativa da IDC é de que somente o mercado de  Infraestrutura mundial tenha um incremento de 2,7% em 2011, em  comparação ao ano anterior. Para essa análise, foram considerados os  mercados de serviços de implementação, suporte e gerenciamento de  operações, softwares de Infraestrutura, servidores, storage e  equipamentos de rede. O Brasil detém 1,9% do cenário mundial de  Infraestrutura e deve crescer 7% neste ano, alcançando US$ 13.5 bilhões.  “O Brasil ainda tem muito a investir, não apenas em portos, aeroportos e  Infraestrutura em geral. Mas, estamos passando por um momento de forte  crescimento, o que traz boas perspectivas para o País”, diz Alexandre  Vargas, analista de mercado da IDC Brasil.
A principal mudança no cenário de Infraestrutura está relacionada à  chamada “terceira onda de tecnologia”, marcada especialmente pela  mobilidade. Como uma amostra dessa tendência, estudos da IDC apontam que  em 2015 o Brasil já venderá mais smartphones do que telefones  convencionais.
A mobilidade é também um dos fatores que impulsionam o mercado de  cloud computing e o fenômeno da consumerização. De acordo com os dados  apresentados durante o evento, 74% das empresas já disponibilizam aos  funcionários o acesso remoto a uma ou mais aplicações corporativas por  meio da internet. “Esse é um ponto complicado para o gestor de TI. Ele  precisa alinhar as políticas da companhia com soluções que ofereçam  segurança e desempenho durante o acesso dos trabalhadores às informações  da empresa em dispositivos móveis” comenta Vargas. “O gestor de  Infraestrutura do futuro precisará ter um perfil mais facilitador e não  puramente técnico” conclui.
O vice-presidente mundial de semicondutores da IDC, Mario Morales,  reforçou as perspectivas com relação à mobilidade. Segundo ele, existem  hoje mais de 5 bilhões de celulares no mundo e, em média, mais de quatro  equipamentos tecnológicos diferentes por pessoa. Diante deste cenário, a  IDC prevê uma proliferação de oportunidades no setor de aplicativos,  não somente em tablets e smartphones, mas também em automóveis,  televisões, máquinas de lavar roupas, geladeiras, etc.
Os dados apontam que em 2020 o mundo terá 2,6 bilhão de telefones  móveis e 25 bilhões de sistemas inteligentes que facilitarão o dia-a-dia  das pessoas em diversos lugares – por exemplo em casa, no trabalho, na  academia ou no carro. ”Os consumidores querem mais facilidades em todos  os equipamentos. Parece simples, mas as empresas de TI ainda estão  investindo em soluções para atender essa expectativa” disse Morales.
De acordo com a IDC, em um prazo de cinco anos, os smartphones serão  responsáveis por US$ 50 bilhões e os tablets por US$ 12.7 bilhões. “As  regiões emergentes ainda irão orientar o crescimento desses mercados”  finaliza Morales.
 
 
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